A palavra do momento está incorporada em todos os meios de comunicação. No dia a dia nos deparamos com relatos, depoimentos e casos de sucesso de mulheres que saíram da zona de conforto e foram conquistar o que lhes é de direito: a equidade de gêneros.

Essa equidade pode ser observada em mulheres que ocupam, atualmente, importantes cargos no país, antes liderados por homens, como é caso, por exemplo,  das atuais presidentes do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia; do Superior Tribunal de Justiça, ministra Laurita Vaz; da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge; e da subsecretária de Contabilidade Pública da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Gildenora Batista Dantas Milhomem. E na Contabilidade não poderia ser diferente. As profissionais estão assumindo importantes cargos no Sistema CFC/CRCs como, por exemplo, a presidência dos Regionais.

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Contabilidade, em 1996, apontou que a participação da mulher no cenário contábil era de 27,45%, enquanto a dos homens era de 72,55%.  Após 22 anos, os profissionais da contabilidade com registro ativo representam 525.367 mil. Desses, 300.555 (57,20%) são do sexo masculino e 224.812 (42,79%) são do sexo feminino. E esse número não para de crescer.

Nas eleições do Sistema CFC/CRCs, realizadas em outubro de 2017, elas tiveram papel importante na escolha dos futuros representantes.  E o resultado, trouxe uma boa surpresa: pela primeira vez na história dos 27 Regionais, sete deles – CRCMG, CRCMS, CRCPA, CRCPB, CRCRR, CRCRS e CRCSP – estão, atualmente, ocupados por mulheres.

No Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o histórico da liderança feminina ocorreu na presidência da contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim que, por dois mandatos (2006 -2010), deixou um legado que até hoje é lembrado por grandes profissionais da área. E, nesses últimos anos, várias profissionais assumiram postos de chefia e vêm demonstrando que é possível liderar e realizar grandes feitos em prol da classe.

Na atual gestão do CFC, um time de quatro mulheres compõe o Conselho Diretor da entidade, que é formado por oito vice-presidências mais a representante dos técnicos em Contabilidade. As três contadoras que ocupam os cargos são: a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Lucélia Lecheta; a vice-presidente de Controle Interno, Lucilene Florêncio Viana;  a vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina, Sandra Maria Batista; e a técnica em Contabilidade Maria Perpétua dos Santos. Embora se perceba um avanço da participação da mulher nos cargos de liderança, há, ainda, um longo caminho a ser percorrido.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no setor público as mulheres representam apenas 21,7% dos cargos. Na média elas ganham 76% do salário dos homens em cargos de gerência, na direção esse número cai para 68%.

No cenário contábil, a crescente participação e contribuição da mulher em debates públicos e na tomada de decisões são fundamentais para o crescimento social e econômico do País. Desde a criação do projeto Mulher Contabilista (1991), mantido pelo CFC, que elas vêm apresentando contribuições que envolvem o empreendedorismo e o importante papel da mulher no contexto social, político e econômico. O empoderamento veio para ficar, estabelecendo lideranças corporativas de alto nível para a igualdade de gêneros

Fonte: https://cfc.org.br/noticias/o-empoderamento-das-mulheres-na-contabilidade/

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