XII Encontro Nacional da Mulher Contabilista

O ano de 2019 será marcado pela realização de um evento de peso da Contabilidade. Trata-se do XII Encontro Nacional da Mulher Contabilista, que, dessa vez, acontecerá na paradisíaca praia de Porto de Galinhas, no Estado de Pernambuco, no período de 11 a 13 de setembro de 2019. Responsável por sua realização, a Academia Pernambucana de Ciências Contábeis (Apecicon) conta o imprescindível apoio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e do Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco (CRCPE). Inseridos em um contexto altamente participativo do público não somente feminino, mas de grande parcela dos profissionais da contabilidade do sexo masculino, os Encontros Nacionais têm o objetivo de incentivar a participação feminina no cenário contábil nacional, além de promover a educação continuada dos profissionais da contabilidade. Fonte: http://www.contabilidadenatv.com.br/eventos/xii-encontro-nacional-da-mulher-contabilista/ Os eventos ocorrem a cada dois anos e contam com uma trajetória de quase três décadas de sucesso, que começou, em 1991, na cidade do Rio de Janeiro. Desde os primeiros movimentos organizados, constata-se, a partir desses encontros, uma evolução permanente das mais de 224 mil mulheres contabilistas brasileiras, as quais passaram a assumir, qualitativamente, seu merecido espaço no mundo contábil.

O Custo da Burocracia

Os desafios para se abrir um negócio existem em todo o o mundo. No entanto, aqui em terras tupiniquins podemos adicionar um ingrediente a mais nessa mistura: a burocracia. Em qualquer lugar do mundo, empreender traz uma série de desafios a serem superados. Montar uma empresa significa ter que lidar com desafios diários, que vão, por exemplo, desde a escolha dos fornecedores corretos até a seleção da melhor estratégia a ser adotada para alcançar o público alvo. Embora os desafios para se abrir um negócio existam em todo o globo, aqui em terras tupiniquins podemos adicionar um ingrediente a mais nessa mistura: a burocracia. Obviamente, em todos os lugares existem processos burocráticos (em certas doses, a burocracia pode ser até um mal necessário para controlar a corrupção), mas no Brasil o excesso de exigências inúteis e a ineficiência do Estado fazem com que a burocracia chegue a níveis absurdos. Isso é tão verdade que já fomos referendados pelo Banco Mundial, através de relatório divulgado no início de 2018, como o país mais burocrático do mundo. Ainda de acordo com o relatório, um empresário médio no Brasil leva em cerca de duas mil horas por ano apenas em burocracia tributária. A estimativa anual de gastos com esses processos para as empresas brasileiras fica em torno de R$ 60 bilhões. Para se ter uma ideia, a média do tempo gasto com esses entraves burocráticos nos países da Organização para Cooperação  e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de apenas 160 horas anuais, ou seja, quase trezes vezes menos do que em nosso país. Todos os dias, os empresários gastam um volume absurdo de tempo e dinheiro para cumprir a legislação tributária e fiscal. Manter as obrigações, muitas delas irrelevantes, todas em ordem pode custar até mais caro do que os próprios impostos pagos. A situação é ainda pior quando tratamos de micro e pequenas empresas, que representam a esmagadora maioria dos empreendimentos no Brasil. Esse tipo de entidade não possui recursos para manter um departamento contábil e fiscal de alta qualidade para se adequar às inúmeras exigências a que estão obrigadas e, com isso, muitas vezes acabam tendo que repassar os custos dessa burocracia aos seus consumidores, aumentando o valor dos seus produtos ou serviços. Assim, o governo acaba, indiretamente, incentivando os comerciantes informais, os quais, atuando na ilegalidade, conseguem preços muito melhores que os de seus concorrentes sugados pelo vampiro burocrático que é o Estado Brasileiro. Como nunca nada está tão ruim que não possa piorar, temos pela frente um árduo caminho a ser superado pelos empresários. O terceiro grupo do e-Social, que inclui as microempresas, as empresas de pequeno porte, as entidades sem fins lucrativos e as pessoas físicas (ou seja, a grande maioria dos empreendimentos brasileiros) inicia agora em janeiro de 2019 a sua primeira fase. Apesar de os profissionais de contabilidade e áreas afins estarem, há muito tempo, se preparando (diga-se de passagem, por conta própria, com pouca ou nenhuma ajuda do Governo), a julgar pelo o que aconteceu com as entidades dos grupos anteriores, é bem provável que muitas empresas tenham dificuldades para se adequar à nova obrigação. O e-Social, aliás, da forma como foi concebido, é por si só um reflexo dessa burocracia excessiva que fascina o Estado brasileiro. Em meio a uma das maiores crises econômicas da história, em um momento em que a economia clama por uma maior flexibilização das obrigações trabalhistas, o Governo teve a “brilhante” ideia de obrigar que os empresários gastem quantias substanciais de dinheiro para treinar seus funcionários e reestruturar seus softwares de informática para se adequar a esse novo sistema. Esperemos que a chegada do novo Governo e de uma nova equipe econômica represente uma visão mais moderna sobre esses entraves que prejudicam tanto o nosso país. O Brasil está em crise e precisa desesperadamente gastar menos com burocracia e investir mais no seu desenvolvimento, atraindo investidores e gerando prosperidade para os empresários e emprego para a sua população. Está na hora de deixarmos o título de país mais burocrático do mundo para trás e buscarmos os primeiros lugares em listas melhores. Sobre o autor: André Charone Tavares Lopes é Contador, professor universitário, possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e formação em Empreendedorismo em Países Emergentes pela Universidade de Harvard (EUA). É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional, ganhador de prêmio acadêmico outorgado pelo CRCPA, palestrante, consultor editorial da Revista Contadores Belém-Pará, membro da Associação Científica Internacional Neopatrimonialista – ACIN. Fonte: https://www.contabeis.com.br/artigos/5171/o-custo-da-burocracia/

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